sábado, 5 de maio de 2012

sexta-feira, 30 de março de 2012

sexta-feira, 2 de março de 2012

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Uso de tecnologia na educação

MEC e secretarias anunciam a compra de milhares de tablets; tecnologia na escola é importante, mas discurso da inovação “a qualquer preço” precisa ser visto com cautela Após assumir o Ministério da Educação, Aloizio Mercadante – que saiu do Ministério de Ciência e Tecnologia – deu ênfase em vários de seus discursos ao uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na Educação como alternativa para tornar a escola “interessante”. Uma de suas primeiras ações como ministro foi anunciar a compra de 600 mil tablets a serem distribuídos a professores de ensino médio, com o que se gastará cerca de R$ 180 milhões. “O arranjo social da escola e o quadro negro são do século 18, os professores, do século 20 e os alunos, do século 21. A reflexão internacional demonstra que o computador na escola deve começar pelo professor”, disse Mercadante, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo. A medida parece ter desencadeado uma corrida por tecnologia nos estados. Em São Paulo, na última semana, o secretário estadual de eduação Herman Voorwald anunciou um investimento de R$ 5, 5 bilhões para, entre outros, compras de lousas digitais e tablets por meio de parceria público privada. Também em fevereiro, o Estado do Pernambuco divulgou a informação de que distribuiria 170 mil tablets a estudantes de 2º e 3º ano do ensino médio, resultado de uma licitação que custou R$ 170 milhões (mil reais por aparelho). O Brasil está atrasado? As secretarias e ministérios deveriam eleger outras prioridades? (Nos dois estados citados, os respectivos sindicatos de trabalhadores em educação denunciam, por exemplo, problemas estruturais como falta de professores). Para os pesquisadores entrevistados pelo Observatório, é necessário que haja investimento em tecnologia, porém, junto com investimento em políticas pedagógicas. Inovador não é sinônimo de qualidade “Vivemos numa era em que inovador virou qualidade, passa a ser banalizado. Só de ser tecnologia já faz da coisa algo legal. Acho que não: a introdução tem que obedecer condições, tem que ser feita respeitando processos da escola, da comunidade, das reais necessidades”, discute Michelle Prazeres, pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, em que estuda mídias e tecnologias na educação paulista. Michelle, apesar de defensora da tecnologia, vê a introdução apressada às escolas com cautela. Para ela, uma introdução pura e simples não adiantaria nada, mas se bem aplicada, a tecnologia poderia melhorar a qualidade da educação: fator mais importante da discussão, que justificaria a implementação das TICs. “Não adianta fazer o discurso da modernização de que está se promovendo a tecnologia se não se trabalha com projetos que modifiquem de fato a realidade da escola”. As vidas humanas são cada vez mais informatizadas, e as escolas e as secretarias estaduais e municipais não são. As atribuições de classe, ao menos para o Estado de São Paulo, ainda são analógicas, tornando o processo lento e tortuoso. O espaço da tecnologia nas escolas são os laboratórios de informática, os computadores com internet da sala dos diretores, e não as salas de aula (informações da Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação no Brasil : TIC Educação, de 2010, feito pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil). Segundo essa mesma pesquisa, 100% das escolas (urbanas) possuem pelo menos 1 computador, 93% têm internet (sendo 87% com banda larga), e 81% das escolas pesquisadas possuem laboratórios de informática. Muitas vezes as escolas não sabem o que fazer com os artefatos de tecnologia e até proibem que alunos utilizem smartphones e celulares nos ambientes educativos, reprova Luciano Meira, professor de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco, responsável pela criação das Olimpíadas de Jogos Digitais e Educação (OJE), um projeto especial da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco. É uma rede social onde participa toda a comunidade escolar, e é rica em jogos (cujo substrato e desafios são matérias dadas em sala de aula). O desenvolvimento da OJE inspirou a criação da empresa Joy Street , de desenvolvimento e criação de jogos conversacionais. Professores Entusiasta da ferramenta, o professor Luciano diz que essa rede social não existe para alterar os contatos sociais, mas pra criar mais espaços de diálogo, mais interação entre alunos e professores. E o professor que não quiser participar ajuda os alunos precisa apenas dominar seu conteúdo acadêmico: “Muitos professores não vão entrar na cultura digital, e eles vão ser úteis também: podem continuar contribuindo se construirmos ambiente de aprendizagem onde a curiosidade do aluno seja acolhida pelo professor”. Um exemplo dado por Luciano é um jogo de biologia em que os alunos têm que atacar vírus dentro de um corpo humano. O professor de biologia ajudará os alunos nos desafios por saber explicar essa matéria – leia a entrevista completa aqui. Para Luciano, a tecnologia não deve ficar “confinada” nos laboratórios de informática, em que fazem exercícios desinteressantes aos alunos. Uma sala de aula com todos conectados em alguma rede social, diz o professor, permitira uma troca mais rica: “O que aconteceria é que o que antigamente chamávamos de conversa paralela, apareceria na linha de tempo de todo mundo. Começaria a aparecer pra todos e não só para um grupo restrito”. Isso porque a aula tradicional, que dá mais voz ao professor, não potencializa quanto seria possível a voz do aluno e a troca. Michelle considera a OJE um bom exemplo de uma implementação de tecnologia. Porém a regra, diz, é os processos serem atropelados, com a mídia e a sociedade se seduzirem pelo discurso da inovação em si, e acabarem culpabilizando os professores, que estariam "freiando" a modernização da escola - sendo que são eles e elas o principal fator da boa educação. É um problema cair no discurso da "tecnologia de qualquer jeito", a qualquer preço, diz. Um bom programa de inclusão tecnológica da escola, acredita, pode ser feita de forma fantástica em desktops, e uma simples compra de tablets de última geração podem ter um impacto mínimo, dependendo da forma como for aplicado. Prioridade de investimento A discussão sobre o financiamento que ganhou espaço no ano passado com o Plano Nacional de Educação fez a sociedade atentar-se a uma questão: faltam recursos para a educação. Apesar de tudo ser prioritário para investimento, inclusive a tecnologia, o professor Rubens Camargo acredita que o principal gasto tem que ser para pagamento de professores. Rubens é professor da Faculdade de Educação da USP e foi Conselheiro do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundef do Município de S. Paulo. “Os salários dos professores no Brasil de norte a sul são irrisórios. Dá vergonha. É uma situação que só pode ter alternativa se colocada como prioridade. Para isso tem que ter muito mais recursos”. Depois de atendida essa prioridade de recursos, diz, viriam todas as outras. A tecnologia faz parte de um ambiente com condições adequadas de trabalho. Assim como uma biblioteca, são recursos físicos e materiais para as equipes montarem adequadamente seus projetos pedagógicos. “Tem que ser tudo ao mesmo tempo. As carências no Brasil são de todas as naturezas em termos sociais, e a principal é carência é a da condição docente e os funcionários das escolas”. Fonte: http://www.observatoriodaeducacao.org.br

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, aumentou em 22,22% o piso nacional dos professores

O Ministério da Educação (MEC) definiu em R$ 1.451 o valor do piso nacional do magistério para 2012, um aumento de 22,22% em relação a 2011. Conforme determina a lei que criou o piso, o reajuste foi calculado com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no mesmo período. A Lei do Piso determina que nenhum professor pode receber menos do que o valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. Questionada na Justiça por governadores, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Entes federados argumentam que não têm recursos para pagar o valor estipulado pela lei. O dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nesses casos, mas, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim. Em 2011, o piso foi R$ 1.187 e, em 2010, R$ 1.024. Em 2009, primeiro ano da vigência da lei, o piso era de R$ 950. Alguns governos estaduais e municipais criticam o critério de reajuste e defendem que o valor deveria ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), como ocorre com outras carreiras. Na Câmara dos Deputados, tramita um projeto de lei que pretende alterar o parâmetro de correção do piso para a variação da inflação. A proposta não prosperou no Senado, mas na Câmara recebeu parecer positivo da Comissão de Finanças e Tributação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) prepara uma paralisação nacional dos professores para os dias 14, 15 e 16 de março com o objetivo de cobrar o cumprimento da Lei do Piso. A aplicação do piso é obrigatória para estados e municípios de acordo com a Lei Federal nº 11.738, de 16 de junho de 2008. Estados e municípios podem alegar não ter verba para o pagamento deste valor e, com isso, acessar recursos federais para complementar a folha de pagamento. No entanto, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em recente entrevista, anunciou que discute o pagamento de bônus para as escolas que alfabetizarem todos os alunos até 8 anos. Essa seria sua prioridade na pasta, para diminuir a evasão escolar. Agência Brasil

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

sábado, 28 de janeiro de 2012

CARNAVAL 2012 É EM VIANA-MA

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Mercadante fala em valorização da categoria durante a posse

O novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, abordou a valorização do professor durante a cerimônia de transmissão de cargo, realizada na terça (24). Ele defendeu que as políticas precisam estar centradas nesse objetivo. "Não iremos a lugar nenhum sem bom professores, sem um magistério bem estruturado e motivado, desde a educação infantil até o ensino superior", disse. O ministro anunciou que o MEC quer criar políticas de incentivo para alocar os melhores professores nas escolas com baixo desempenho nas avaliações ou ainda aquelas localizadas na periferia dos grandes centros urbanos. Um dos mecanismos para recrutar esses professores, citado por Mercadante, é a Prova Nacional de Ingresso na Carreira Docente. O projeto, que já está sendo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), será uma espécie de concurso nacional para professores. Os profissionais interessados participarão da prova e as redes de ensino municipais e estaduais poderão contratar esses docentes sem a necessidade de que cada uma realize seu próprio concurso. Segundo ele, a proposta será discutida com as centrais sindicais. "Nós sempre vamos trabalhar em um regime de responsabilidade compartilhada. As adesões são sempre voluntários, mas nós temos visto que os bons programas você tem a adesão dos prefeitos e governadores. Você trabalha isso de forma suprapartidária, educação permite isso", disse. (CNTE, com informações da Agência Brasil, 25/01/12)

A troca de ministros

A saída de Fernando Haddad do Ministério da Educação encerra um ciclo de avanços e controvérsias na recente política educacional brasileira. De um lado, o país progrediu na organização de seus sistemas de ensino, substituindo a política do “toma lá da cá” por mecanismos mais republicanos de repasse das verbas não compulsórias do MEC para estados e municípios. Também se aportaram mais recursos para a educação básica pública - ainda insuficientes - e aprimoraram-se o diálogo social e a cooperação institucional em torno da educação. Contudo, falta consolidar os avanços inerentes à valorização dos trabalhadores da educação, assegurar a universalização das matrículas escolares na rede pública, bem como garantir a qualidade da educação em todas as etapas e níveis (sob a perspectiva do Custo Aluno Qualidade) e vincular o Plano Nacional de Educação, em tramitação no Congresso, às bases do desenvolvimento do país. Embora os editoriais da mídia conservadora tentem simplificar a avaliação de Haddad aos problemas de execução no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é preciso ter claro que a transformação dessa política pública em forma de ingresso na universidade ajudou a democratizar o acesso dos jovens de baixa renda no ensino superior. Contudo, para a CNTE, o MEC deve perseguir a superação do abismo entre os níveis básico e superior. O ensino médio precisa ser dotado de padrão de qualidade nacional que contemple o desempenho e as aspirações profissionais dos estudantes, à luz da qualidade socialmente referenciada, e as universidades públicas devem ampliar o atendimento aos alunos oriundos das redes públicas escolares. A Emenda Constitucional nº 59, promulgada na gestão do ministro Haddad, e cujos objetivos consistem em expandir a obrigatoriedade da educação pública dos 4 aos 17 anos, em fixar percentual do PIB para a educação, em interiorizar a universidade e os centros federais de educação técnica e tecnológica no país, além de pôr fim à incidência da DRU (Desvinculação de Recursos da União) no orçamento do MEC, representa uma consequência responsável à Emenda Constitucional nº 53, que, por sua vez, criou o Fundo da Educação Básica, o Piso Nacional do Magistério e ampliou o financiamento do livro-didático, do transporte e da merenda escolares, comprometendo o MEC com o financiamento e a gestão da educação básica. No que tange à estrutura federativa educacional, os Planos de Ações Articuladas (PAR), ainda que limitados à adesão voluntária de estados e municípios e às concepções restritivas de diversos sistemas educacionais, mostraram-se mais eficientes que os antigos repasses do MEC executados sem contrapartida de políticas públicas e sob fortes suspeitas éticas. Cabe, no entanto, ao próximo ministro, aprofundar os efeitos da interpretação conferida pelo Supremo Tribunal Federal às competências concorrentes dos entes federados, em matéria educacional, a fim de institucionalizar políticas para a democratização das escolas e dos sistemas de ensino, para a profissionalização e valorização dos trabalhadores da educação e para o controle social das verbas educacionais - principalmente por meio da regulamentação do art. 23 da CF/88. Também do ponto de vista dos desafios, o MEC precisa continuar trabalhando e auxiliando os demais entes no sentido de eliminar os gargalos históricos da educação brasileira, dentre os quais se destacam: o analfabetismo, a escassez de creches públicas, o baixo acesso dos jovens ao ensino médio, a alta distorção idade-série nos ensinos fundamental e médio (com responsabilidade no desenvolvimento dos ciclos escolares), a revisão curricular das etapas e modalidades da educação básica (sem cair nos erros do reducionismo e da padronização), a formação inicial e continuada dos trabalhadores da educação na perspectiva da valorização da carreira profissional, enfim, diversas questões que se encontram apontadas nas deliberações da 1ª Conferência Nacional de Educação e que devem compor o novo Plano Nacional de Educação, visando alcançar a qualidade socialmente referenciada da educação. Imprescindível, no processo da qualidade social, é a implementação do Custo Aluno Qualidade e a ampliação dos parâmetros de avaliação da educação básica - hoje restritos aos testes nacionais - que não dialogam com as demandas das comunidades escolares, tampouco com o projeto de desenvolvimento nacional e de aprimoramento da democracia participativa. À escola pública devem ser dadas as condições, além da confiança, para executar seu papel sem ingerências externas pautadas na qualidade total (do individualismo, do conteudismo, do reducionismo e do eficientismo), antagônica aos aspectos humanísticos e coletivos inerentes à formação para a cidadania, o trabalho e, consequentemente, para uma sociedade harmônica. Com o novo ministro, Aloizio Mercadante, a CNTE espera manter interlocução para poder avançar no debate sobre a valorização profissional da categoria (professores, funcionários e especialistas) e, em especial, nesse momento, sobre a implantação do piso nacional do magistério - a fim de que sejam condicionados, por exemplo, os convênios do MEC, com estados e municípios, ao cumprimento integral e imediato da Lei 11.738. Também a Mesa de Negociação, requerida na gestão Haddad para tratar das questões inerentes ao Piso e a Carreia, deve ser instalada com vistas a direcionar as políticas públicas com pessoal do nível básico às metas do Plano Nacional de Educação. Também sobre o PNE, a CNTE espera contar com apoio do ministro Mercadante para a destinação de 10% do PIB aos investimentos na educação pública, assegurando, assim, as condições de acesso, de permanência e de qualidade para todos os níveis educacionais. CNTE Informa 607

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Com o fim da era Sarney, a vez do Maranhão

Um fenômeno pouco analisado é a mudança de guarda no nordeste, com o fim de velhos coronéis e velhas oligarquias e a entrada de uma nova geração. Em alguns momentos, a mudança de guarda permitiu transformações relevantes trazidos pela própria alternância de poder. No Ceará, em 1986 a vitória de Tasso Jereissatti permitiu essa alternância. O mesmo ocorreu no Piauí, com a alternância entre Hugo Napoleão e Wellington Dias, e em Sergipe, com João Alves rompendo a oligarquia Franco. No Maranhão houve apenas o hiato de dois anos da gestão Jackson Lago, derrubado pelo poder político influindo no poder judiciário. Sem alternância, só restou aos grupos econômicos o alinhamento com os interesses do grupo político. Houve o atrofiamento do empreendedorismo. Agora, a mais longeva dinastia política do Brasil - os Sarney, do Maranhão - está prestes a se esgotar. O patriarca José Sarney conseguiu sobreviver a todas as mudanças políticas do país nas últimas seis décadas. Menos à mais letal: a idade. Passou dos 80, a cabeça ainda está boa, mas o organismo não, muitas vezes enfrenta problemas de depressão - próprios da idade. E não tem sucessor. A sucessora natural, Roseana Sarney há muito mostrou ser de fôlego curto, para preservar a dominação dos Sarney sobre o Maranhão. O Sarney que emerge nos anos 50, substituindo o velho coronel Vitorino Freire, trazia um sopro de modernidade e uma utopia comprada por seus eleitores: a de que, tendo peso político nacional conseguiria atrair grandes obras para o estado que, por si, promoveriam o desenvolvimento. De fato, atravessam o Maranhão seis rodovias federais, três ferrovias, o estado dispõe dos maiores complexos portuários do nordeste, energia abundante de dois lados, da Chesf e de Tucuruí. E, ao mesmo tempo, ostenta os piores indicadores sociais do país. É o estado com o menor número de policiais por habitante, de leitores hospitalares, um dos três piores em educação, saúde, saneamento e qualquer outro indicador de civilização. Não tem sociedade civil, ao contrário do Ceará, lá não se desenvolveu o empreendedorismo, porque tudo submetido ao modelo oligárquico: só prosperavam negócios que interessavam diretamente aos Sarney. Hoje em dia, o estado exporta soja in natura, por não dispor de um processador sequer. Exporta o ferro a Vale e o alumínio da Alcoa. Não conseguiu atrair uma fábrica sequer de laminado de alumínio, aço, uma indústria com cadeia produtiva robusta e não verticalizada. Os arremedos de modernização - como a tal reforma administrativa de Roseana, decantada em prosa e verso nos anos 90, não saiu do papel. Não existe um plano de desenvolvimento, anunciaram 72 novos hospitais, não entregaram dez. No entanto, talvez seja o estado nordestino com maior potencial de desenvolvimento. Tem uma posição geográfica invejável, na transição da Amazônia com o nordeste, como ponto próximo à África e Europa, com bom regime de chuva, bacias hidrográficas perenes, 640 km de litoral e infraestrutura. Não tem mão-de-obra especializada porque povo nunca esteve na mira dos Sarney. Se der sorte, a renovação política permitirá ao estado, finalmente, completar-se. luisnassif, qui, 19/01/2012 - 08:00

Gastos com rede pública triplicaram, mas falta ainda qualidade no ensino.

Professor de sociologia, Murilo Mangabeira reclama do descaso com a formação de bons profissionais O professor Murilo Mangabeira, 27 anos, sabe o valor de uma boa educação. Por isso, é um defensor contumaz de que o ensino deve começar cedo — e, sobretudo, com muita qualidade. Para ele, não basta apenas abrir as portas das escolas à criançada sem o compromisso de se formarem cidadãos que farão a diferença no mercado de trabalho. Isso vale, principalmente, para os centros públicos de ensino, que, infelizmente, andam despejando no mercado pessoas que mal entendem o que leem e são incapazes de resolver questões mínimas de matemática. Não à toa, Murilo repete: “É uma convenção achar que escola pública tem que se contentar com o básico, com uma estrutura mínima. Não adianta montarem bibliotecas, se não colocam livros suficientes. De nada vale fazer uma quadra de esporte, se não colocam cobertura. O básico não é suficiente”. Porém, o que mais assusta o professor, que há três anos leciona sociologia para alunos do ensino médio e fundamental em Samambaia, cidade do Distrito Federal, é o fato de não haver uma preocupação evidente com o aperfeiçoamento dos profissionais da área. “Não basta uma especialização de um ou dois anos. O professor precisa se dedicar a um processo de formação continuada. Senão, corre o risco de se tornar um técnico da educação, com conhecimentos superficiais”, explica. As palavras de Murilo só reforçam a necessidade de uma revolução no ensino básico do país. Embora, nos últimos anos, tenha havido um avanço no acesso de crianças e adolescentes às escolas, muitos ainda não conseguem notas suficientes para ingressar nas universidades. Mesmo quando entram, há um problema maior: conseguir acompanhar o conteúdo dado em sala de aula. “O índice de jovens que apresentam falhas no aprendizado é muito alta. Apenas 11% dos que concluem o ensino básico conseguem um nível razoável de absorção do conteúdo de ciências exatas, como matemática”, diz Mozart Neves Ramos, conselheiro da ONG Todos pela Educação. Essa, por sinal, é uma das razões de o país estar na lanterna do desempenho nessa área: 57° lugar de um ranking com 65 países listados pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês). A situação é alarmante, reconhece Rodrigo Capelato, diretor executivo do Sindicato das Entidades de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp). “Como a maioria dos alunos das faculdades privadas acabam vindo das redes públicas, é difícil haver um nivelamento nas turmas, especialmente na área de exatas. Praticamente, 90% das universidades acabam tendo que dar cursos complementares para equiparar os alunos em sala de aula”, revela. Interesses Tamanho descalabro não é por falta de dinheiro. O volume de recursos destinado à educação básica triplicou entre 2000 e 2009, passando de R$ 808 por ano, por aluno, para R$ 2,9 mil. O problema é que algumas regiões do Brasil ainda sofrem com uma estrutura física inapropriada para as aulas: falta de material didático, salas sem a mínima estrutura, escassez de carteiras e de professores, principalmente daqueles com formação adequada. “A falta de valorização do professor é um dos principais fatores da baixa qualidade do ensino básico, o que faz com que poucas pessoas se interessem em estudar pedagogia”, afirma Mozart Ramos. “O salário médio no país de um docente é de R$ 1,8 mil, praticamente um terço da média de um recém-formado em qualquer outra profissão”, emenda. Doutor em educação pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e ex-diretor da Unesco, Jorge Werthein ressalta que, mesmo triplicando em quase uma década, os gastos com a educação básica no país são insuficientes. Nos EUA, o desembolso anual por aluno varia entre US$ 12 mil e US$ 13 mil. “Se o Brasil quiser se manter entre as maiores economias do planeta, precisa acelerar o processo de melhoria da educação. Somente o conhecimento muda a vida das pessoas. Por isso, o acesso a uma escola de qualidade tem de ser uma estratégia de governo. Houve avanços nos últimos anos, mas ainda em ritmo muito lento”, assinala. Na avaliação de Werthein, o engajamento na melhora da educação precisa ir além das ações do governo federal. É preciso que estados e municípios entrem nessa batalha, que durará anos e anos. “Não se trata de uma questão política. Mas de interesse de todo um país. É preciso colocar o desenvolvimento econômico em primeiro. E isso passa por uma educação melhor. “Há um deficit enorme de professores — entre 200 mil e 300 mil profissionais — nas áreas de matemática, ciência e química, porque outros setores da economia pagam melhor”, destaca. Gargalos O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Jorge Abrahão, explica que as deficiências do ensino básico começam a aparecer logo no início da vida dos alunos. “O primeiro entrave é a falta de acesso à educação infantil, às creches, o que faz as mães perderem um tempo precioso que poderia ser usado para estimular o mais cedo possível a formação da criança. Esse é o pontapé que facilita o ensino básico”, diz. O pesquisador lembra que a herança cultural também pesa sobre os alunos de renda mais baixa. “É mais difícil para os pais com poucos anos de estudo ajudarem os filhos no aprendizado e fiscalizarem o rendimento deles na escola”, completa. O conteúdo deficiente oferecido na rede pública, somado a uma cultura de desempenho e avaliação mais frouxa, não poderia ter outro resultado. Ao concluir o ensino fundamental e médio, os alunos da rede pública não estão preparados nem para enfrentar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — usado como parâmetro para o ingresso em 95 universidades estatais, por intermédio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Em 2012, serão oferecidas 108 mil vagas. Aulas on-line Um método incentivado pelo poder público para formar professores mais bem qualificados é o ensino a distância, frequentado por 15% dos universitários matriculados atualmente. Entre 2005 e 2010, o número de profissionais que concluíram os cursos de licenciatura nas tradicionais salas de aula caiu 3,6%, para 161,3 mil, enquanto os formados a distância cresceu 62%, para 72 mil. Se esse ritmo persistir, em 2015, o país terá mais professores graduados por meio da internet do que presencialmente. Sintomas do atraso Os especialistas acreditam que a reforma prevista pelo Programa Nacional de Educação (PNE), cujas discussões pouco avançaram na Câmara dos Deputados, deveria avançar por meio de políticas para valorizar o professor e elevar o piso salarial da categoria. Seria uma iniciativa rumo a um quadro semelhante ao que economias desenvolvidas e em desenvolvimento adotam para se destacarem economicamente. Por Erick M Do Correio Braziliense

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Cientistas criam método para detectar dislexia antes da escola. Ressonância magnética mostra atividade incomum do cérebro. Dislexia compromete capacidade de leitura e escrita da criança

O G1, em São Paulo. Um estudo publicado na edição desta semana da revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)” mostra que é possível identificar que uma criança é disléxica antes que ela entre no ensino fundamental. Estima-se que entre 5% e 17% das crianças tenham dislexia, uma condição que compromete a capacidade de soletrar, prejudicando a leitura e a escrita. Quando há casos na família, a chance de que uma criança também seja disléxica é maior. A dificuldade de leitura afeta o desempenho das crianças na escola, e muitas vezes elas são rotuladas como preguiçosas. Estudos anteriores apontam inclusive que a frustração causada por essa queda de rendimento pode levar a comportamentos agressivos e antissociais. Quanto mais cedo a dislexia é diagnosticada, mais eficazes são os tratamentos disponíveis. Normalmente, esse diagnóstico não é feito antes da terceira série. Os pesquisadores do Hospital Infantil de Boston, nos EUA, fizeram exames de ressonância magnética para observar o cérebro de 36 crianças de pré-escola enquanto elas realizavam tarefas em que tinham que decidir se duas palavras começavam com o mesmo fonema – essa também é uma dificuldade enfrentada pelos disléxicos. Na comparação com o grupo controle, as crianças com histórico de dislexia na família apresentaram atividade reduzida em certas regiões do cérebro: as junções do lobo temporal com o lobo parietal e o occipital. As mesmas áreas também são afetadas pela dislexia nos adultos. “Esperamos que identificar as crianças com risco de dislexia na pré-escola ou até mais cedo possa ajudar a reduzir as consequências sociais e psicológicas que essas crianças normalmente enfrentam”, afirmou Nora Raschle, que liderou a pesquisa, em material divulgado pelo Hospital Infantil de Boston.

Aberta a pré-matrícula para escolas estaduais

Esta aberta a pré-matrícula para alunos novos que desejam ingressar em uma das escolas da rede estadual de ensino, que apresentam calendário diferenciado, ou seja, com data prevista para iniciar o ano letivo de 2012, em fevereiro ou março. A pré-matrícula está disponível até o dia 05 de fevereiro no portal da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) www.seduc.pa.gov.br As escolas, com o calendário diferenciado, são àquelas unidades de ensino que não aderiam a paralisação dos professores. Na Região Metropolitana de Belém (RMB) são 128 e todas as escolas do interior do estado, onde a adesão a última greve não foi intensa. Para as demais escolas o processo de matrícula só estará disponível a partir do dia 17 de fevereiro. Os alunos que desejam ingressar nessas escolas, que já estão com o processo de matrícula aberto, terão o período de 07 a 09 de fevereiro para fazer a confirmação da pré-matricula. Os alunos novos, que por ventura perderem a pré-matrícula, terão uma nova oportunidade de se matricular, no período de 13 a 15 de fevereiro nas escolas que ainda disponibilizarem vagas. Os alunos que já fazem parte da rede estadual serão automaticamente rematriculados pelo sistema. Novo Cronograma - A partir do dia 17 de fevereiro inicia novo cronograma de matrícula, com abertura da pré-matrícula, dando prioridade para pessoas com deficiência, até o dia 04 de março. Este grupo terá do dia 05 a 09 de março para confirmar a pré-matrícula. Do dia 05 até 25 de março abre a pré-matrícula para os demais novos alunos, que terão do dia 26 ao dia 28 de março para confirmação, que acontece na própria escola. Neste cronograma, os alunos que perderem a pré-matrícula poderão ter uma nova oportunidade de ingressar na rede do dia 09 a 13 de abril. Os alunos da rede serão rematriculados, remanejados ou transferidos pelo sistema de matrícula a partir do dia 30 de março. De acordo com o secretário adjunto de ensino, professor Acácio Centeno, a elaboração de dois cronogramas para o processo de matrícula 2012, surgiu da necessidade de atender as escolas que estão com o calendário diferenciado, com o ano letivo previsto para iniciar nos meses de fevereiro ou março e as unidades de ensino que aderiram a última paralisação, cujo ano letivo está previsto para iniciar em abril. “Viabilizamos uma alternativa que atendesse a essas duas situações”, ressaltou. (Ascom Seduc)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Oito escolas do MA recebem troféus no ''Construindo a Nação'' Objetivo do prêmio é incentiva escolas a aplicarem projetos que possam formar cidadãos. Ascom/Fiema

SÃO LUÍS - Quatro escolas do Serviço Social da Indústria (Sesi) – Escolas Anna Adelaide Bello e Lara Ribas, de São Luís; Escola Presidente Médici, de Bacabal, e Escola Marly Sarney, de Imperatriz – receberam troféus do Prêmio Construindo a Nação 2011. Outras quatro escolas maranhenses também receberam prêmios no certame, que é destinado á valorização das melhores práticas escolares. Ao todo, 36 escolas se inscreveram para participar do prêmio porém apenas 17 escolas de São Luís, São José de Ribamar, Balsas, Bacabal, Imperatriz e Caxias entregaram toda a documentação exigida. Desse total, oito foram premiadas nas categorias Educação de Jovens e Adultos (EJA), Ensino Fundamental e Educação Infantil. Outras duas escolas receberam menções honrosas e uma recebeu o prêmio de destaque social. Os projetos escolares foram avaliados por uma comissão formada por representantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Cruz Vermelha Brasileira do Maranhão e Instituto da Cidadania Brasil. O Prêmio Construindo a Nação, criado em 2000, foi instituído com o objetivo de incentivar e valorizar as ações de escolas públicas e privadas com a presença ativa de seus alunos em benefício das comunidades onde as escolas estão situadas. “O prêmio é para incentivar as escolas, públicas ou particulares, a aplicarem projetos de educação que possam formar cidadãos e trazer melhorias para as vidas das crianças e de suas famílias. Entendemos que a educação é uma peça chave para sustentar o crescimento do país”, comentou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão e diretor regional do Sesi, Edilson Baldez das Neves. A entrega dos prêmios ocorreu na última sexta-feira (20), no Auditório Alberto Abdalla, na sede da Fiema, na Cohama, durante o encerramento da I Jornada Pedagógica Integrada da Rede Sesi e Senai de Educação do Maranhão, que teve como tema “Educar é cuidar de gente!”. Na mesma ocasião, a edição 2012 do prêmio “Construindo a Nação” foi lançada.

Enem terá duas edições em 2013, afirma Dilma G1

A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira (23) que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá duas edições em 2013. Ela defendeu o exame, mas disse que pode “melhorar ainda mais”. O Ministério da Educação iria fazer duas edições do Enem já em 2012, mas na última sexta-feira (20) cancelou a edição de abril. O exame será aplicado apenas em novembro este ano. Após cerimônia que comemorou a marca de um milhão de bolsas de estudo concedidas pelo ProUni (Programa Universidade para Todos), a presidente foi questionada por jornalistas se, no ano que vem, o Enem terá duas edições. Ela respondeu: “Tem de lutar por isso. Nós melhoramos, vamos melhorar ainda mais e vamos ter depois, no ano que vem, duas edições, isso em concordância com o ministro, até por sugestão do ministro”. Dilma defendeu também melhorias no ProUni. Ela chamou o sistema tradicional do vestibular de “antigo e antiquado”. “O Prouni também teve de ter suas adaptações, suas melhorias. É assim que se faz programa de governo, é com muita humildade. [...] Nós somos humanos. Quando tem erro, a gente tende a aprimorar. Ninguém está dizendo que nada é perfeito”.

Professores avaliam redações com notas discrepantes do Enem Grupo de especialistas corrigiu novamente três redações. Alunos entraram na Justiça contestando a nota que foi dada.

Um grupo de especialistas se reuniu a pedido do “Fantástico” para analisar as redações que geraram polêmica no Enem, feito em outubro de 2011. Nesta semana, a Justiça liberou acesso às notas de redação do vestibular aos candidatos que estão com dúvidas sobre seu desempenho. O MEC diz que não tem como cumprir a decisão. Do total, 79 candidatos entraram na Justiça contestando as avaliações das redações, e três deles já conseguiram aumentar sua nota. Além de problemas técnicos, houve problemas com a discrepância entre as notas dadas por avaliadores diferentes para uma mesma redação. O estudante Caio Barbosa Vieira da Silva é um dos alunos que entrou na Justiça. Ele recebeu 920 pontos do primeiro corretor (equivalente a nota nove) e 600 do segundo. No Enem, uma diferença grande como essa é resolvida por um terceiro avaliador, mais experiente. A nota final de Caio foi de 280 pontos. Do G1, com informações do Fantástico

Prouni: começam as matrículas dos aprovados Redação SRZD | Nacional | 23/01/2012 09h04

Os candidatos que foram selecionados no programa Universidade para Todos (Prouni) podem efetuar matrículas nas instituições de ensino a partir desta segunda-feira até o dia 1º de fevereiro. O resultado com a primeira lista de aprovados no Prouni foi divulgado na última sexta-feira. Uma segunda chamada de estudantes vai ser feita se sobrarem bolsas. A previsão da nova lista é para o dia 7 de fevereiro, sendo que os candidatos vão ter prazo para provar a documentação até o dia 15 de fevereiro. Após este prazo, quem não foi pré-selecionado ainda vai poder manifestar interesse, entre 22 e 24 de fevereiro, em fazer parte da lista de espera, que vai ser usada pelas instituições de ensino para as bolsas que ainda estiverem disponíveis.

Escola pública consegue vitória em massa no vestibular 2012

Apesar dos ataques daqueles que querem destruir a escola pública, professores, alunos e funcionários se desdobram para construir uma sociedade melhor. Mais da metade dos novos calouros das universidades UFPA, UEPA e UFRA são oriundos da rede pública. Essa vitória se dá, ao esforço e dedicação de alunos e professores que mesmo em condições péssimas de infraestrutura, conseguem espaço no ensino superior. Além da disputa por vagas, estudar ou trabalhar na escola pública no Pará requer determinação e compromisso social, já que em muitas escolas não há se quer segurança ou condições mínimas de trabalho, e estudantes e educadores enfrentam problemas que já deveriam ter sido resolvidos com os recursos públicos, se o governo do Estado e Município, investisse na educação. É o caso da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Padre Francisco Berton,localizada no bairro do Tapanã em Belém. Lá, estudantes e trabalhadores precisam conviver com má qualidade da água, rede elétrica precária, banheiros danificados, falta de material para ministração das aulas, cadeiras e salas sem nenhuma condição de aproveitamento, o que acaba desmotivando funcionários, professores e alunos. A coordenadora Pedagógica Jamili Casseb afirma que, materiais como copos descartáveis, garrafas e pilotos são comprados pelos próprios funcionários e professores, para garantir o ensino dos alunos. É dessa forma que o governo de Simão Jatene, diz ter compromisso com a educação? Com esse tipo de estrutura, educadores e educadoras da rede pública se deparam todos os dias: sem valorização e respeito com o estudante. Há quase 4 anos a escola executava o projeto “Rumo ao Vestibular” destinado aos alunos do ensino médio. As aulas eram ministradas em blocos e aos finais de semana, mas infelizmente foi suspenso. “Foi uma iniciativa da própria escola, alguns professores ministravam aulas aos sábados, sem nenhuma remuneração extra. Mas se a SEDUC investisse nessa iniciativa teríamos mais aprovação com certeza, não seria preciso o aluno se deslocar do seu bairro para se preparar em outro lugar”, afirma Denise Franco, professora de Língua Portuguesa. É o caso da estudante Maria Rosa, (45), aprovada este ano no curso de Pedagogia na UFPA. Rosa estudou sempre em escola pública. Casada e mãe de 3 filhos, voltou a estudar depois de 20 anos. Aluna do EJA, ela só conseguiu graças ao esforço, determinação e auxílio dos professores da escola. “Sempre me dediquei aos estudos, procurei ser uma aluna diferente”, diz. Sem poder pagar cursinho pré-vestibular, Rosa se preparou como pôde. “Minhas leituras obrigatórias, foram dos jornais e as aulas na escola, nada além disso, e os professores foram fundamentais, temos profissionais ótimos aqui”, conclui. Nem sempre o aluno da escola pública pode se preparar em cursinho pré-vestibular, manter o estudante o dia todo na escola e cursinho fica oneroso para uma família que se sustenta com um salário mínimo. Se o governo se preocupar e investir, o cenário educacional do Pará poderá ser mudado. Dificuldades financeiras não foram os únicos problemas enfrentados por Rosa, o ambiente escolar também foi barreira. Salas mal iluminadas, sem ventilação e nem espaço físico, o banheiro feminino há 6 meses não tem energia elétrica. Como o Estado não oferece infraestrutura para as escolas, principalmente as da periferia, o compromisso e responsabilidade social de professores, alunos e funcionários garantem a educação. A vitória de D. Rosa é a recompensa de quem acredita que a mudança só acontecerá por meio da educação, e para isso, qualidade e investimento são fundamentais. A realidade vivida por Rosa e Jamili repete-se em todo o Estado. O governador Simão Jatene continua a deixar de lado a educação, desvalorizando o profissional e o aluno.
Maria Rosa caloura UFPA Sintepp

Governo sério cumpre lei, não espera anúncio

A demora dos gestores estaduais e municipais em corrigir os vencimentos iniciais de carreira do magistério público da educação básica, à luz do piso salarial profissional nacional, não se justifica pelo fato de o MEC ainda não ter se pronunciado sobre o assunto. Na verdade, a atitude caracteriza o descumprimento de direito líquido e certo do magistério em ver atualizados seus vencimentos de carreira, a partir de janeiro de cada ano, e enseja a existência de categoria privilegiada na esfera do direito, o que é inconcebível diante do princípio de que ninguém pode escusar-se de cumprir a Lei alegando desconhecê-la. Depois de terem sido derrotados no Supremo Tribunal Federal, governadores e prefeitos têm se rebelado contra a decisão de mérito proferida na ADIn 4.167, que ordena o cumprimento integral e imediato da Lei 11.738, não obstante pender o julgamento dos embargos de declaração interpostos pelos autores da ação de inconstitucionalidade. Enquanto milhares de cidadãos comuns são obrigados a cumprir as decisões da justiça, o que acontece com prefeitos e governadores que insistem em desrespeitar as deliberações judiciais? Isso é o que veremos a partir da greve nacional da educação! Sobre a atualização do piso nacional, o art. 5º da Lei 11.738 claramente vincula o índice do PSPN ao mesmo que reajusta o valor mínimo do Fundeb, ano a ano. Em lugar algum se exige o pronunciamento de órgão federal, tendo sido esta uma opção adotada pelo MEC para tentar unificar o cumprimento da Lei. Para o ano de 2012, conforme defende a CNTE, o piso deve ser de R$ 1.937,65. Contudo, desde 2010, a maior parte dos estados e municípios tem optado em seguir as recomendações do MEC, que para este ano indicam um crescimento de 22,22% sobre o valor de 2011, atingindo assim a cifra de R$ 1.450,75. Para quem não tem cumprido as regras do Piso, a CNTE recomenda a seus sindicatos filiados que ingressem com ações judiciais para cobrar o imediato e integral cumprimento da Lei 11.738, com destaque para o passivo do piso - contrapondo as orientações do MEC - e para a aplicação do percentual de 1/3 da jornada de hora-atividade, conquistado recentemente na justiça pela Apeoesp/SP e pela Fetems/MS. Confira, aqui, a memória de cálculo sobre as atualizações dos valores do PSPN, nas visões da CNTE e do MEC. Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão - SINPROESEMMA

domingo, 22 de janeiro de 2012

Governo do Estado anuncia nomeação e posse de professores aprovados em concurso de 2009

Governo do Estado anuncia nomeação e posse de professores aprovados em concurso de 2009 Após a assinatura dos termos de posse os professores nomeados serão lotados nas escolas da rede estadual, de acordo com a disciplina e município escolhido, no ato da inscrição do concurso.O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), dá continuidade ao processo de nomeação e posse de professores aprovados no concurso público realizado em 2009, Edital 001/09, cuja medida integra a política de valorização dos Profissionais do Magistério da Educação Básica do Estado do Maranhão. No dia 16 foi publicado no Diário Oficial do Estado (nº 011), nova lista de nomeados, que deverão se apresentar, no período de 24/01 a 24/02/2012, no horário das 9 horas às 18 horas, nas sedes das Unidades Regionais de Educação (UREs), a que pertencem os municípios para os quais foram aprovados. Os professores nomeados para os municípios pertencentes à Unidade Regional de Educação de São Luís tomarão posse na Superintendência de Administração de Recursos Humanos (Avenida Getúlio Vargas, nº 1908 - Monte Castelo). Após a assinatura dos termos de posse os professores nomeados serão lotados nas escolas da rede estadual, de acordo com a disciplina e município escolhido, no ato da inscrição do concurso. A relação dos nomeados bem como os locais de apresentação estão no site: www.educacao.ma.gov.br O endereço do Diário Oficial do Estado é www.diariooficial.ma.gov.br Confira a lista de endereços das UREs Data: 20/01/2012 Fonte: Ascom/Seduc

Sampaio estreia com vitória de 1 a 0 contra o Santa Quitéria

Sampaio estreia com vitória de 1 a 0 contra o Santa Quitéria Júnior Chicão fez o gol do tricolor aos 48 minutos do segundo tempo. SÃO LUÍS - O Sampaio fez sua estreia com vitória, contra o Santa Quitéria, em jogo de estreia, neste domingo, no estádio Nhozinho Santos, em busca do tricampeonato maranhense. Com um time totalmente renovado e jogando em casa, o tricolor não apresentou um futebol modesto e decidiu a partida nos acréscimos, ou seja, aos 48 minutos do segundo tempo com Júnior Chicão. Apesar da derrota o Santa Quitéria, o atual vice-campeão da Copa União, não se intimidou e fez um bom jogo. As duas equipes representarão o Maranhão na Copa do Brasil. O Sampaio pega o Atlético (PR) e o Santa Quitéria enfrenta o ASA de Arapiraca (AL). Fórmula O Campeonato Maranhense deste ano vale vaga para a Série D do Campeonato Brasileiro de 2013. A competição será disputada em dois turnos. No primeiro, as 10 equipes jogam entre si, classificando-se os quatro melhores para as semifinais. Quem avançar para a fase semifinal decidirá o turno em dois jogos (ida e volta). O segundo turno terá a mesma fórmula do primeiro. Outros Jogos: Sábado, dia 21/01 - Imperatriz 1 X 1 Viana Domingo, dia 22/01 - Cordino 4 X 2 São - Sabiá 0 X 1 MAC Segunda-feira, dia 23/01 - Moto X Bacabal Pedro Sobrinho / Imirante.com

Tim: no topo das reclamações no Procon

Domingo, 22/01/2012, 06h35 Tim: no topo das reclamações no Procon Tamanho da fonte: A- A+ A operadora TIM é a campeã absoluta de reclamações entre as operadoras de telefonia móvel que atuam no Pará nos dois últimos anos. E, pelo número de reclamações já registradas nesses primeiros dias do ano, a perspectiva é que se mantenha no posto pelo terceiro ano consecutivo. Segundo estatísticas da Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado (Procon-PA), em 2010 foram registradas 343 queixas no Procon contra a TIM - que colocaram a operadora na sétima colocação geral de queixas no órgão. Em 2011, foram 111 reclamações que mantiveram a operadora no topo das reclamações entre as operadoras de telefonia móvel e na quinta colocação geral entre as empresas mais demandadas no Procon-PA. Apenas nos primeiros 19 dias desse ano já foram registradas 30 reclamações contra a operadora. Má prestação do serviço (clientes que não conseguem completar a ligação, chips defeituosos, falta de conexão em vários municípios pelo interior do Estado, etc.) e cobrança abusiva nas faturas são as principais causas das reclamações. São muitas histórias de clientes desgostosos e irritados com o serviço oferecido pela operadora. Muitos são clientes antigos da TIM e optam por permanecer com a operadora para não perder seu número e ter que passar pelo processo da portabilidade. Muitos, entretanto, chegaram ao seu limite e simplesmente cancelam seu contrato. DOR DE CABEÇA A jornalista e publicitária Ingrid Pipolos acredita que a razão de ser de um celular é atender às necessidades dos clientes a qualquer tempo. “Isso não acontece com a TIM. Quando eu preciso fazer ligações aparece como se estivesse fora de área. Quando tento ligar para outro TIM, a mesma situação. Já chegaram a me ligar dizendo que não conseguiam falar comigo e que só dava fora de área. Detalhe: o meu celular estava ao meu lado mostrando que tinha sinal!”, conta ela, que possui a linha há cinco anos, agora na modalidade pré-paga. Para evitar ainda mais dores de cabeça, Ingrid adquiriu uma linha de outra operadora. Alessandro Santos, que atua na área de Tecnologia da Informação, é cliente da TIM desde 2006 na modalidade pré-paga, gastando, em média, R$ 50 ao mês em recargas. Como profissional de TI, atende a vários clientes por telefone, seja para marcar visita, suporte técnico remoto etc. “A instabilidade do sinal, ruídos e os apagões de serviços como Torpedo e Internet da TIM, por exemplo, muitas vezes geram prejuízos a mim e aos meus clientes”. Ele diz que mudar para outra operadora seria perder grandes negócios. “Permanecerei na TIM para não perder o número nem ter que passar pelos transtornos da portabilidade, mas com certeza a TIM perderá uma boa fatia do meu orçamento destinado à comunicação e usarei com menos frequência seus serviços”, avisa. A COBRAR Os profissionais que trabalham com a informação e têm no celular um complemento indispensável são os que mais sofrem com os problemas da TIM. Até o secretário de Comunicação do Estado, Ney Messias, perdeu a paciência com os serviços oferecidos da operadora. Ele conta que os problemas foram muitos. “O tal plano família nunca funcionou e meus filhos, que deveriam ligar pra mim de graça, só conse- guiam se a ligação fosse a cobrar. Sem falar no sério problema de sinal: meu celular simplesmente não funcionava em casa, na João Balbi”, lembra. Messias solicitou e técnicos foram em sua casa para testes: constataram a ausência do sinal. “Apesar disso, não conseguiram fazer funcionar. Pedi o cancelamento do contrato e a TIM alegou que teria de pagar a tal cláusula de fidelidade. Ora, que fidelidade era essa? Provei que o serviço não estava sendo entregue e que iria entrar na Justiça. Foi o que fiz. A empresa abriu mão da multa e fiz a portabilidade”, recorda o secretário, que utilizou os serviços da TIM por mais de três anos. A jornalista e produtora Bettina Florenzano passa pelos mesmos problemas. “Tenho um modem da TIM que simplesmente não conecta no meu quarto, mas apenas na sala. Meu telefone vive fora da área de serviço e as mensagens que me mandam chegam 24 horas depois”, reclama. Ela conta que a babá que cuida de seus filhos também tem um TIM. “Hoje não consigo saber notícias das crianças porque as ligações são muito ruins. É o barato que sai caro. De que adianta você ter um plano ilimitado se não consegue se comunicar? Devo estar trocando de operadora ainda nesse final de semana”, sentencia. A auxiliar de marketing Ruth Santos chegou a ficar 48 horas sem conseguir receber ou fazer chamadas de seu TIM. Ela tentou ligar várias vezes para a central de atendimento da operadora, mas nada conseguiu. “Essas falhas comprometem muito nosso trabalho”, reclama. (Diário do Pará)

CASTELO DE PALMELA

Contra o Acordo Ortográfico

PORTUGUÊS DO BRASIL, PORTUGUÊS DE PORTUGAL

LÍNGUA PORTUGUESA EM MOÇAMBIQUE

DISCURSO FINAL

O PODER DO GUERREIRO