domingo, 22 de janeiro de 2012

Tim: no topo das reclamações no Procon

Domingo, 22/01/2012, 06h35 Tim: no topo das reclamações no Procon Tamanho da fonte: A- A+ A operadora TIM é a campeã absoluta de reclamações entre as operadoras de telefonia móvel que atuam no Pará nos dois últimos anos. E, pelo número de reclamações já registradas nesses primeiros dias do ano, a perspectiva é que se mantenha no posto pelo terceiro ano consecutivo. Segundo estatísticas da Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado (Procon-PA), em 2010 foram registradas 343 queixas no Procon contra a TIM - que colocaram a operadora na sétima colocação geral de queixas no órgão. Em 2011, foram 111 reclamações que mantiveram a operadora no topo das reclamações entre as operadoras de telefonia móvel e na quinta colocação geral entre as empresas mais demandadas no Procon-PA. Apenas nos primeiros 19 dias desse ano já foram registradas 30 reclamações contra a operadora. Má prestação do serviço (clientes que não conseguem completar a ligação, chips defeituosos, falta de conexão em vários municípios pelo interior do Estado, etc.) e cobrança abusiva nas faturas são as principais causas das reclamações. São muitas histórias de clientes desgostosos e irritados com o serviço oferecido pela operadora. Muitos são clientes antigos da TIM e optam por permanecer com a operadora para não perder seu número e ter que passar pelo processo da portabilidade. Muitos, entretanto, chegaram ao seu limite e simplesmente cancelam seu contrato. DOR DE CABEÇA A jornalista e publicitária Ingrid Pipolos acredita que a razão de ser de um celular é atender às necessidades dos clientes a qualquer tempo. “Isso não acontece com a TIM. Quando eu preciso fazer ligações aparece como se estivesse fora de área. Quando tento ligar para outro TIM, a mesma situação. Já chegaram a me ligar dizendo que não conseguiam falar comigo e que só dava fora de área. Detalhe: o meu celular estava ao meu lado mostrando que tinha sinal!”, conta ela, que possui a linha há cinco anos, agora na modalidade pré-paga. Para evitar ainda mais dores de cabeça, Ingrid adquiriu uma linha de outra operadora. Alessandro Santos, que atua na área de Tecnologia da Informação, é cliente da TIM desde 2006 na modalidade pré-paga, gastando, em média, R$ 50 ao mês em recargas. Como profissional de TI, atende a vários clientes por telefone, seja para marcar visita, suporte técnico remoto etc. “A instabilidade do sinal, ruídos e os apagões de serviços como Torpedo e Internet da TIM, por exemplo, muitas vezes geram prejuízos a mim e aos meus clientes”. Ele diz que mudar para outra operadora seria perder grandes negócios. “Permanecerei na TIM para não perder o número nem ter que passar pelos transtornos da portabilidade, mas com certeza a TIM perderá uma boa fatia do meu orçamento destinado à comunicação e usarei com menos frequência seus serviços”, avisa. A COBRAR Os profissionais que trabalham com a informação e têm no celular um complemento indispensável são os que mais sofrem com os problemas da TIM. Até o secretário de Comunicação do Estado, Ney Messias, perdeu a paciência com os serviços oferecidos da operadora. Ele conta que os problemas foram muitos. “O tal plano família nunca funcionou e meus filhos, que deveriam ligar pra mim de graça, só conse- guiam se a ligação fosse a cobrar. Sem falar no sério problema de sinal: meu celular simplesmente não funcionava em casa, na João Balbi”, lembra. Messias solicitou e técnicos foram em sua casa para testes: constataram a ausência do sinal. “Apesar disso, não conseguiram fazer funcionar. Pedi o cancelamento do contrato e a TIM alegou que teria de pagar a tal cláusula de fidelidade. Ora, que fidelidade era essa? Provei que o serviço não estava sendo entregue e que iria entrar na Justiça. Foi o que fiz. A empresa abriu mão da multa e fiz a portabilidade”, recorda o secretário, que utilizou os serviços da TIM por mais de três anos. A jornalista e produtora Bettina Florenzano passa pelos mesmos problemas. “Tenho um modem da TIM que simplesmente não conecta no meu quarto, mas apenas na sala. Meu telefone vive fora da área de serviço e as mensagens que me mandam chegam 24 horas depois”, reclama. Ela conta que a babá que cuida de seus filhos também tem um TIM. “Hoje não consigo saber notícias das crianças porque as ligações são muito ruins. É o barato que sai caro. De que adianta você ter um plano ilimitado se não consegue se comunicar? Devo estar trocando de operadora ainda nesse final de semana”, sentencia. A auxiliar de marketing Ruth Santos chegou a ficar 48 horas sem conseguir receber ou fazer chamadas de seu TIM. Ela tentou ligar várias vezes para a central de atendimento da operadora, mas nada conseguiu. “Essas falhas comprometem muito nosso trabalho”, reclama. (Diário do Pará)

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